domingo, 17 de maio de 2015

Aula 15/2015 - Maioridade Penal em questão




De tempo em tempo, a população brasileira, tão cansada de ser massacrada pelos criminosos e roubada pelos políticos corruptos, manifesta democraticamente seu interesse por medidas que trariam uma maior segurança a nossa sociedade. Mas, não é do interesse de alguns defensores do “direitos humanos” que alguns daqueles que são seus defendidos venham a pagar por suas atitudes.

No entanto, muitos acreditam que a redução da maioridade penal nada resolveria, sendo apenas mais uma medida demagoga que fomentaria a injustiça em nosso país, já tão coberto por impunidade. Nos últimos dias, o clamor popular por leis mais severas para com menores infratores alcançou os ouvidos de nossos ilustres deputados de Brasília, que certamente nada farão, a despeito do clamor que vem das ruas.

De tempos em tempos a sociedade, impulsionada pela escalada da violência e pela sensação de insegurança, retoma a discussão acerca da redução da maioridade penal, divergindo sobre a idade em que a pessoa deveria ser considerada imputável, havendo quem defenda o patamar de 14 ou 16 anos, bem como quem pretenda a adoção do critério biopsicológico para avaliação da capacidade de entender e de querer do autor.

Na última década, o número de adolescentes infratores submetidos a medidas de restrição de liberdade aumentou, em média, 10%, passando de 8.579 para 17.703, segundo dados da SDH. Pelos números mais atuais, de novembro de 2010, 12.041 menores estavam internados, 3.934 em internação provisória e 1.728 em medida de semiliberdade. O Brasil tem hoje cerca de 20 mil adolescentes recolhidos em educandários e delegacias especializadas.
MATERIAL DA AULA

TEXTO 1– ONU se manifesta contra a redução da maioridade penal
O Sistema ONU no Brasil acompanha com preocupação a tramitação, no Congresso Nacional, de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 171/1993) que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos de idade e o debate nacional sobre o tema.
O Sistema ONU condena qualquer forma de violência, incluindo aquela praticada por adolescentes e jovens. No entanto, é com grande inquietação que se constata que os adolescentes vêm sendo publicamente apontados como responsáveis pelas alarmantes estatísticas de violência no País, em um ciclo de sucessivas violações de direitos.
Dados oficiais mostram que, dos 21 milhões de adolescentes que vivem no Brasil, apenas 0,013% cometeu atos contra a vida. Os adolescentes são muito mais vítimas do que autores de violência. Estatísticas mostram que a população adolescente e jovem, especialmente a negra e pobre, está sendo assassinada de forma sistemática no País. Essa situação coloca o Brasil em segundo lugar no mundo em número absoluto de homicídios de adolescentes, atrás da Nigéria.
Os homicídios já são a causa de 36,5% das mortes de adolescentes por causas não naturais, enquanto, para a população em geral, esse tipo de morte representa 4,8% do total. Somente entre 2006 e 2012, pelo menos 33 mil adolescentes entre 12 e 18 anos foram assassinados no Brasil. Na grande maioria dos casos, as vítimas são adolescentes que vivem em condições de pobreza na periferia das grandes cidades.
O Sistema ONU alerta que, se as infrações cometidas por adolescentes e jovens forem tratadas exclusivamente como uma questão de segurança pública e não como um indicador de restrição de acesso a direitos fundamentais, a cidadania e a justiça, o problema da violência no Brasil poderá ser agravado, com graves consequências no presente e futuro.
O sistema penitenciário brasileiro já enfrenta enormes desafios para reinserir adultos na sociedade. Encarcerar adolescentes jovens de 16 e 17 anos em presídios superlotados será expô­los à influência direta de facções do crime organizado. Uma solução efetiva para os atos de violência cometidos por adolescentes e jovens passa necessariamente pela análise das causas e pela adoção de uma abordagem integral em relação ao problema da violência.

TEXTO 2 – Algumas charges




TEXTO 3 – Punitivismo
Para Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da PUC, o Brasil atravessa um momento em que o clima político, cultural e midiático estimula o “punitivismo”: as soluções escolhidas para enfrentar a violência passam sempre pelo endurecimento das penas. “Acredita-se que há impunidade no Brasil, mas não é verdade. Punimos muito, mas punimos mal.” Segundo o jurista, as condições insalubres dentro das prisões impedem o maior controle por parte do Estado. “Isso estimula o surgimento do crime organizado. Ao se colocar na cadeia um usuário de drogas como se fosse um traficante, ele pode se tornar mais à frente um homicida.” Serrano menciona o caso dos Estados Unidos, onde se estima que 250 mil jovens são processados, sentenciados ou encarcerados como adultos todo ano. Em 17 estados, não há idade mínima para um jovem ser julgado na Justiça Comum. Apesar de as taxas de criminalidade terem caído no País desde os anos 1990, um estudo do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) estimou que jovens presos ao lado de adultos têm 34% mais chance de voltar a cometer crimes.

TEXTO 4 – Alguns Gráficos

                http://s.navj.us/g/imagem%2024233-01.jpg

TEXTO 5 – 10 razões CONTRA
1- Porque a desigualdade social é uma das causas principais da violência.
2- No Brasil, a violência está profundamente ligada a questões como: desigualdade social, exclusão social, impunidade, falhas na educação familiar, desestruturação da família, deterioração dos valores ou do comportamento ético, e, finalmente,  individualismo, consumismo e cultura do prazer.
3- Aqueles que querem a redução dizem que são contrários a impunidade, mas o Brasil é dos países mais ingratos com sua juventude.
4-A redução da maioridade penal tem um obstáculo jurídico-constitucional.
5- Temos no Brasil mais de 527 mil presos e um faltam vagas nas prisões para pelo menos 181 mil presos.
6- Pois a cadeia comum não é um lugar apropriado para um jovem infrator.
7- Estatisticamente, a quantidade de atos infracionais, diferentemente do que nos mostra a mídia, é muito pequena nos menores de idade, se compararmos com os crimes cometidos por adultos.
8- Não se tem notícia ou dado estatístico que a redução da maioridade penal de fato diminuiria a violência no Brasil.
9-Porque ainda são poucas as iniciativas do Poder Público, das Instituições e da Sociedade na proposição e execução das Políticas Públicas para a juventude.
10- Porque a diminuição pode acarretar em desastres estruturais para as futuras gerações.
               
TEXTO 6 – 10 razões A FAVOR
1-  Idade, se uma pessoa, menor de 18 (dezoito) anos, pode trabalhar, contratar, casar, matar, roubar, estuprar, transar e votar, por que não pode então responder por seus crimes na cadeia? Hoje, uma pessoa com 16 ou 17 anos já é capaz de ter sua personalidade formada, tendo ciência acurada do certo e do errado
2- Dificuldades na Ressocialização, afinal todos sabemos que essas instituições que acolhem menores infratores não conseguem ressocializar seus detentos
3- Impunidade, ela gera mais violência. Os jovens "de hoje" têm consciência de que não podem ser presos e punidos como adultos. Por isso continuam a cometer crimes;
4- Usados como Mão-de-obra a serviço do crime, a redução da maioridade penal iria proteger os jovens do aliciamento feito pelo crime organizado, que tem recrutado menores de 18 anos para atividades
5- Crime sem punição, a maioria das pessoas já estão cansadas de saber que são os delinquentes juvenis são os maiores causadores de roubos e pequenos furtos no nosso país, sendo eles presos e logo soltos para voltar para o crime. Como resultado desse sistema, pessoas passam a ter medo de andar na rua.
6- Estupro. Todos os dias, dezenas de menores infratores como Champinha cometem crimes bárbaros que acabam no esquecimento. Não é justo que bandidos perigosos voltem pouco tempo depois de seus crimes as ruas para cometer maldade contra outras pessoas. Liana e Champinha tinham ambos 16 anos. Para nossa lei, Champinha era muito novo para ser responsabilizado por seus atos; mas, Liana, mesmo sendo também menor de idade, não foi privada de ser responsabilizada pelos atos de Champinha
7- Ativistas dos defeitos humanos
8- A maioria da população brasileira é a favor da redução da maioridade penal. Em 2013, pesquisa realizada pelo instituto CNT/MDA indicou que 92,7% dos brasileiros são a favor da medida.
9- Coitadismo
10- O Brasil precisa alinhar a sua legislação à de países desenvolvidos com os Estados Unidos



ALGUNS VÍDEOS


Profissão Repórter 

Canal Futura




domingo, 10 de maio de 2015

Aula 14/2015 - Beleza a qualquer custo

Beleza a qualquer custo

Hoje em dia muitos jovens, por influencia da mídia- que prioriza o ideal de magreza -vem fazendo dietas restritivas e prejudiciais à saúde. Realmente em todos os meios de comunicação, mas principalmente a televisão e revistas de moda trazem à tona uma beleza inalcançável.
Muitas vezes esquecemos que aquilo que vemos não é real, hoje, com a tecnologia avançada existem correções de photoshop que apagam qualquer imperfeição no corpo das modelos. Não só o photoshop, mas o tipo de luz, o ângulo que a foto é tirada sempre valoriza a beleza e faz com que os defeitos fiquem imperceptíveis.
Essa realidade mexe com a auto-estima de muitas mulheres, principalmente, adolescentes que param de se alimentar para atingir esse padrão de beleza.
Portanto, é muito importante que os pais fiquem atentos aos filhos que estão na fase da puberdade, dando muita atenção e conversando bastante de modo a sempre estar exaltando a beleza individual de cada um, uma vez que é nessa fase que a personalidade do adolescente está sendo formada. Muitas vezes, já é tarde demais.



Material da Aula

TEXTO 1 – A pátria das plásticas

TEXTO 2– Namorada de Ken Humano decide fazer plástica no rosto para se tornar a Susi Humana
Jennifer Pamplona seguirá os passos do namorado, Celso Santebañes, o Ken Humano. A jovem decidiu passar por cirurgias plásticas no rosto, maxilar e nariz para se tornar a Susi Humana.
"O Ken sempre me chamou de Susi. Quando eu era mais nova meus amigos do colégio também chamavam. Eu tenho a cabeça grande e o formato da boca bem similar ao da boneca. Não quero nada muito exagerado, vou fazer uma leve cirurgia no nariz e maxilar no próximo sábado [9]”, detalhou ao “Ego”.
A ex-estilista de Andressa Urach revelou que está apreensiva com as mudanças. “Nunca fiz nada no rosto, vai ser a primeira vez e estou muito ansiosa. Eu pedi ao médico Felipe Tozaki para que ele me deixe bem parecida com a Susi e ele disse que vai ser fácil, pois já sou parecida."
Jennifer, no entanto, não se submeterá a procedimentos para reduzir o peso e ficar mais parecida com a boneca. "Nos últimos meses fiz uma dieta sem lactose e já perdi quatro quilos. Decidi ficar mais magra. Estou muito feliz com essa decisão e com as mudanças no meu corpo. O Ken me apoia em tudo."

TEXTO 3 – A vaidade que destrói
O drama da apresentadora Andressa Urach, que está na UTI em função de um procedimento estético malsucedido, mostra os riscos de buscar a beleza a qualquer custo.
Até a sexta-feira 5, a apresentadora Andressa Urach, 27 anos, permanecia na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre. Ela estava no hospital havia seis dias, internada para tratar complicações surgidas por causa da colocação de uma substância na forma hidrogel para aumentar as coxas. O produto vem sendo utilizado de maneira incorreta em procedimentos estéticos como a que Andressa se submeteu e é, já há algum tempo, um dos alvos de maior preocupação dos médicos. Entre outras ameaças à saúde, pode provocar infecções, cegueira e até a morte. “Ele é extremamente nocivo. É uma bomba relógio que uma hora ou outra irá explodir”, afirma João de Moraes Prado Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC).
Andressa sentia dores na região desde março. Em julho, submeteu-se à primeira cirurgia para a retirada do produto colocado há cinco anos. Seis dias depois, a apresentadora foi internada em São Paulo, com febre. Ela estava com uma inflamação decorrente dos resíduos do hidrogel que permaneciam em seu organismo. De lá para cá, seu estado foi piorando, até culminar na internação na UTI. Semanas antes de o drama da apresentadora ser divulgado, o País já havia conhecido uma tragédia fatal, dessa vez em Goiânia.
Maria e Andressa são as vítimas mais recentes de uma espécie de submundo do mercado da beleza que persiste no País. Uma zona nebulosa, em que compostos químicos são misturados de forma indevida ou ilegal e sem o mínimo de preparo por profissionais irresponsáveis ou golpistas de ocasião. Esta combinação compõe uma teia que escapa à fiscalização e atrai jovens dispostas a tudo para obter formas consideradas perfeitas. E, de preferência, a um custo mais baixo do que o desembolsado em clínicas que atuam de maneira correta e dispõem dos produtos apropriados.



TEXTO 4 – Mulher morre ao tentar aumentar as medidas
A clínica estética onde a paciente Maria José Medrado de Souza Brandão, 39 anos, fez uma aplicação de hidrogel, localizada no Setor Parque das Laranjeiras, em Goiânia, foi interditada, na tarde desta terça-feira (28), por tempo indeterminado. Segundo a Vigilância Sanitária Municipal, o estabelecimento não tinha a documentação necessária para funcionar. A Polícia Civil investiga o caso.
A mulher morreu em um hospital da capital, um dia após passar pelo procedimento realizado por uma suposta biomédica. "A clínica de estética se encontrava irregular porque não possuía alvará sanitário, necessário para a realização de procedimentos do tipo dos que foram realizados aqui. Por isso, foi feita a interdição da clínica", afirmou Dagoberto Costa, chefe da Divisão de Fiscalização em Saúde da Vigilância Sanitária.
Maria morreu na madrugada de sábado (25) com suspeita de embolia pulmonar, após ser internada no Hospital Jardim América. Segundo a família, ela tinha passado pelo mesmo procedimento duas semanas antes de morrer, mas não gostou do resultado e voltou para fazer uma correção. Na segunda aplicação, ela passou mal e acabou falecendo após ir para o hospital.

TEXTO 5 - Cinderela Frankenstein
Entre todos os setores do mercado de moda e beleza, o que tem se desenvolvido de forma mais radical é o das transformações corporais cirúrgicas. Esse desenvolvimento não diz respeito apenas às inovações tecnológicas do ramo, bastante significativas, mas principalmente ao comportamento das pessoas que buscam esse tipo de intervenção.
Uma comparação inicial faz entender melhor a mudança que está ocorrendo. Desde os anos 90, com a ascensão, auge e quase normalização dos implantes de seios siliconados (que foram se tornando menos exagerados, imitando o formato “natural” da anatomia humana), a indústria de roupas sofreu adaptações. Sutiãs, biquínis e até mesmo decotes foram modificados levando em conta a nova geração de consumidoras  e seus contornos. Ou seja, a opção pela cirurgia teve reflexo numa certa gama de produtos.
Porém, o que se observa agora é o crescimento de um movimento inverso: cirurgias feitas para adaptar o corpo a produtos que já existem no mercado.
É claro que esse movimento já existia. A lipoaspiração estética, a lipoescultura, talvez seja sua melhor tradução: a pessoa retira o excesso de peso para adquirir um tamanho e formato de corpo que melhor se adapte  aos padrões  vigentes de beleza, elegância etc.

TEXTO 6 – Cirurgias entre jovens
Levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostra que procedimentos mais comuns procurados por jovens são lipoaspiração e implante de silicone nas mamas; aumento foi maior também na comparação com o total de operações entre adultos. O número de cirurgias plásticas em adolescentes entre 14 e 18 anos mais do que dobrou em quatro anos ­ saltou de 37.740 procedimentos em 2008 para 91.100 em 2012 (141% a mais), segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
No mesmo período, o número total de plásticas em adultos subiu 38,6% (saindo de 591.260 para 819.900 procedimentos) ­ o que
significa que as cirurgias no público jovem cresceram em um ritmo 3,5 vezes maior. Além de estar num crescimento acelerado, a
participação de jovens no total de cirurgias (911 mil procedimentos), também cresceu: saltou de 6% em 2008 para 10% em 2012.
O Brasil é o segundo País do mundo em número de cirurgias plásticas ­ fica atrás apenas dos Estados Unidos. A lipoaspiração é a
cirurgia mais feita (foram 211 mil procedimentos só em 2011), seguida do implante de silicone nas mamas. A regra vale tanto para
adultos quanto para adolescentes. Nos meninos, os procedimentos mais procurados são a ginecomastia (redução das mamas que
crescem demais) e a cirurgia para corrigir a orelha de abano.
Segundo dados da SBCP, nessa época do ano ­ inverno associado às férias escolares ­ a procura pelas cirurgias aumenta em média 60%. "Isso acontece porque o frio torna o pós­operatório mais confortável, favorecendo a recuperação mais rápida. Além disso, é recomendado não tomar sol após a cirurgia para evitar manchas", diz o cirurgião Gustavo Tilmann.
De acordo com o cirurgião José Horácio Aboudib, presidente da SBCP, não existe uma norma que defina qual a idade mínima para se submeter à cirurgia plástica. "Não há idade mínima, cada caso tem de ser avaliado separadamente. A idade não é o mais importante. O mais importante é avaliar a evolução física do paciente", diz.
               
TEXTO 7 – Algumas imagens








ALGUNS VÍDEOS

CRESCE A CIRURGIA ENTRE JOVENS








sábado, 2 de maio de 2015

Aula 13/2015 - Demência Digital?



Eles roubam nosso tempo, atrapalham os relacionamentos e podem até causar acidentes de trânsito. 
Quando é a hora de desligar?
Estamos viciados. 
Em qualquer lugar, a qualquer momento do dia, não conseguimos deixar de lado o objeto de nossa dependência. Dormimos ao lado dele, acordamos com ele, o levamos para o banheiro e para o café da manhã – e, se, por enorme azar, o esquecemos em casa ao sair, voltamos correndo. 
Somos incapazes de ficar mais de um minuto sem olhar para ele. É através dele que nos conectamos com o mundo, com os amigos, com o trabalho. Sabemos da vida de todos e informamos a todos o que acontece por meio dele. 
Os neurocientistas dizem que ele nos fornece pequenos estímulos prazerosos dos quais nos tornamos dependentes. Somos 21 milhões – número de brasileiros com mais de 15 anos que têm smartphones, os celulares que fazem muito mais que falar. Com eles, trocamos e-mails, usamos programas de GPS e navegamos em redes sociais. O tempo todo. Observe a seu redor. Em qualquer situação, as pessoas param, olham a tela do celular, dedilham uma mensagem. Enquanto conversam. Enquanto namoram. Enquanto participam de uma reunião. E – pior de tudo – até mesmo enquanto dirigem.


Será que estamos evoluindo para uma demência digital, como coreanos já definem?

http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/06/o-celular-que-escraviza.html


Material da aula


TEXTO 1 – Demência Digital preocupa autoridades coreanas
Entre dispositivos móveis, internet rápida e fácil acesso à informação, o professor de inglês da Universidade de Waterloo Marcel O'Gorman pergunta: o que é demência digital? Em seu artigo Taking Care of Digital Dementia, o pesquisador explica que não existe realmente uma evidência empírica de que a internet e outras mídias estão prejudicando funções cognitivas como a memória e a atenção. Contudo, há vários argumentos que tentam sugerir que as pessoas já não pensam da mesma maneira que o faziam - e isso seria culpa da tecnologia. Conforme explica o pesquisador, há cada vez mais literatura sendo produzida em torno da "demência digital", apesar de o uso desse termo, em específico, ser questionável, uma vez que a demência, em si, é uma condição variável e que não se restringe apenas à perda de memória.
... De forma semelhante, um pesquisador da Coreia do Sul, Yoon Se-chang, aponta que "conforme as pessoas estão mais dependentes de dispositivos digitais para buscar informações do que por lembrá-las sozinhos, a função de pesquisa do cérebro melhora e a habilidade de lembrar diminui". Em um artigo no Korean Times, as observações de Se-chang se unem a outras feitas pelo instituto de pesquisa Embrain: "Diferentemente de antes, as pessoas hoje não precisam fazer muito esforço para lembrar as coisas, já que elas estão a um botão de distância das informações necessárias, as quais estão armazenadas em seus celulares, PDAs ou navegadores. Tudo que têm que fazer é procurar entre elas. O fácil acesso à internet também enfraquece a capacidade de memória. Toda vez que uma pessoa pergunta à outra sobre alguma coisa, você vai facilmente escutar: 'Procure na internet'".
Ainda na Coréia do Sul, o Dr. Byun Gi-Won, do Balance Brain Center em Seoul, afirma que a demência digital não afeta apenas a memória, mas também a atenção e o desenvolvimento emocional. Segundo ele, a disfunção é "caracterizada por déficits de memória, distúrbios de atenção e achatamento emocional entre os jovens que passam muito tempo jogando videogames, fazendo pesquisas online, enviando mensagens e arquivos multimídia pelos smartphones"

TEXTO 2 – Geração Celular
Nos dias de hoje, encontrar um adolescente que não tenha um celular é tão improvável quanto achar um menino de 13 anos que seja fã de ópera ou uma menina de 15 que não se preocupe com a aparência. Nenhum grupo incorporou tão rápida e amplamente a tecnologia à sua rotina quanto os jovens de 12 a 19 anos. No Brasil, em janeiro de 2009, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) contabilizou 154,6 milhões de assinantes de telefonia móvel e, embora a agência e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não tenham informações sobre a faixa etária dos proprietários dos aparelhos, é possível perceber o interesse dos adolescentes por celulares.
Mas qual o efeito causado pelo uso constante desses aparelhos nos relacionamentos e no comportamento? Nos últimos anos, cientistas alemães estudaram essa questão minuciosamente e por meio de entrevistas com adolescentes e seus pais – observando atitudes dos estudantes na escola, linguagem e conteúdo de mensagens enviadas e recebidas – foi possível mapear o “comportamento telefônico” dos grupos. Os pesquisadores constataram que os celulares mudaram a vida dos adolescentes sob vários aspectos – muitos deles para melhor. Um exemplo disso foi na organização do dia. Assim como para os adultos, o celular ajuda os adolescentes a manter o controle da sua vida: é possível informar os pais de que estão saindo da aula, avisar sobre seus planos para a tarde, marcar atividades escolares e lúdicas – tudo simultaneamente. Hoje, em vez de agendar encontros com os amigos com antecedência, como se fazia há alguns anos, os jovens planejam suas atividades quando já estão a caminho delas e em um curto período de tempo são capazes de preparar uma festa.

TEXTO 3 – Algumas imagens







TEXTO 4 – Acidentes e celulares
Uma mulher de 28 anos morreu em um engavetamento entre oito veículos no trecho sul do Rodoanel na noite de sexta-feira, em São Bernardo do Campo (SP). Momentos antes, Débora Vicente havia postado em sua página no Facebook duas fotografias da viagem a caminho para Santos, no litoral paulista.
A jovem estava no banco de trás do Chery S-18, dirigido pela cunhada, Pamela Barros Crivelaro. No banco da frente, ao lado da motorista, estava o marido da vítima, Alan Jones Crivelaro. "Hoje só vou observando de carona no banco de trás, só de boa", escreveu. De acordo com a concessionária SPMar, que administra o trecho, o acidente ocorreu às 22h40 e envolveu cinco veículo de passeio e três carretas. O engavetamento foi na pista sentido Mauá, no km 69,2, um pouco da rodovia Imigrantes.
Outras seis pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para hospitais da região. Duas em estado grave, três com ferimentos moderados e uma levemente ferida. Outras três pessoas escaparam ilesas. Duas faixas precisaram ser interditadas por causas da colisão por cerca de quatro horas e apenas a da esquerda ficou liberada para o fluxo de veículos. Houve congestionamento de dois quilômetros na região.
A perícia vai apurar as causas do engavetamento. O local onde ocorreu o acidente é uma reta e no momento da colisão a pista estava seca.

TEXTO 5 – Desafio e o “happy slapping”
Imolação, ânsia de vômito, competição de bebedeira: longe dos famosos que participam do desafio do balde de gelo, há jovens que se impõem desafios via internet, numa mistura perigosa de ritos de passagem e exibicionismo.
"Nas sociedades tradicionais, os jovens eram submetidos a ritos ou provas para se tornar adultos. Quanto menos ritos de passagem as sociedades ocidentais dispõem, mais os jovens tentam inventar provas para chamar a atenção", comentou Jocelyn Lachance, antropólogo social da Universidade de Pau (sul da França) e especialista nas práticas digitais dos jovens.
"Quando se vê um grupo de jovens que se atiram em um lago, vai ver que nem todos pulam ao mesmo tempo. Sempre há uma parte que é testemunha e outra que passa ao ato", continuou. "Hoje em dia, os adolescentes podem se arriscar em seu canto, filmar e depois buscar o olhar aprovatório. Essa busca por validação sempre existiu. A diferença é que agora o olhar vem da internet".
O exemplo mais recente de desafio na internet é o "Ice Bucket Challenge", no qual o participante joga em si mesmo um balde d'água fria em prol de uma organização de caridade – um desafio inocente do qual participaram muitas personalidades, como Mark Zuckerberg, criador do Facebook, e a atriz Lindsay Lohan.
               
TEXTO 6 – Cervejaria sugere bloqueador de celular
A cervejaria gaúcha Polar criou um sistema curioso em seu porta-garrafas: ao colocar uma cerveja, um dispositivo será ligado, anulando os sinais de comunicação nos arredores e deixando os celulares sem sinal. O objetivo faz parte de uma campanha da marca para resgatar a interação que havia entre amigos em bares antes dos smartphones e suas multifunções. O lançamento do produto aconteceu na última quarta-feira (07), em Porto Alegre (RS).
O dispositivo, em resina semitransparente, foi desenvolvido com ajuda de uma impressora 3D e usa o mesmo tipo de bloqueadores de sinal usados em presídios. O porta-garrafa foi patenteado pela agência Paim, parceira da Polar para a criação do anulador.
A novidade fica por conta do raio de abrangência, que foi limitado a cerca de 1,5 metro, tamanho aproximado de uma mesa de bar. Para funcionar, o "anulador de celular" deve estar abastecido com uma garrafa. Assim que o sinal luminoso em sua base acender, o bloqueio estará ativado, anulando sinais de redes 3G, 4G, Wi-Fi e Bluetooth. O porta-garrafas funciona com uma bateria que dura em média 4 horas e é recarregável na luz.

TEXTO 7 – Você é NOMOFÓBICO?
Viciados em celular: quem são e como vivem as pessoas que não largam seus telefones 33
Com a popularização dos smartphones, está cada vez mais comum se deparar com pesquisas que apontam a dependência dos usuários em relação a seus telefones celulares. O vício já ganhou até nome: “nomofobia”, que é a angústia relacionada à possível perda do celular ou à incapacidade de ficar sem o aparelho por mais de um dia (quem nunca?).
Para saber quem são essas pessoas de quem as pesquisas falam, o UOL Tecnologia saiu em busca de quem abusa do telefone celular. Os dez entrevistados abaixo -- com idades de 16 a 68 anos -- admitem que exageram no tempo gasto com a telinha, mas alguns negam o rótulo de “viciados” (apesar de amigos e parentes reclamarem do hábito). Há também quem já tenha se conscientizado desse abuso e esteja tentando deixar o aparelho por mais tempo no bolso e menos tempo nas mãos.
Conheça a seguir a história de dez pessoas que dificilmente viveriam sem seus telefones. Este teste – elaborado em parceria com o Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática, da PUC-SP – pode sinalizar se você também faz parte desse grupo, cada vez maior, de quem não deixa de lado o aparelho (geralmente, um smartphone cheio de funções).
Jasmine Menezes, 16, estudante
Estudante do colegial, Jasmine afirma que é proibido usar o celular nas aulas. A ordem é obedecida – até porque alguns aparelhos já foram confiscados e liberados somente aos pais dos alunos --, mas quando sai da classe ela sempre verifica se tem alguma notificação. “Vejo no intervalo, na troca de aulas, quando vou ao banheiro”, revela a adolescente, dona de um iPhone com tecnologia 3G.
Ela se considera viciada no aparelho – “uso para tudo”, confessa -- e afirma que os aplicativos mais usados são Twitter, Facebook e Instagram. A relação inseparável com o iPhone, diz, deixa sua mãe brava quando a família está em um restaurante, comendo, e a garota não tira os olhos da tela.







Alguns Vídeos
Você é viciado em celular? (Fantástico)


Sem Censura


Nomofobia





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